"Devem tirar da cabeça uma descida de impostos"
"Sinto que os membros do Governo pensam que merecem mais aplauso do que aquele que vão ter, infelizmente para eles." A frase mostra o reduzido entusiasmo com que Chris Pryce ficou ao fim de um dia de conversas com responsáveis políticos portugueses sobre a situação das finanças públicas. Teixeira dos Santos mostrou esperança que o défice de 3,9 por cento registado no ano passado (abaixo dos 4,6 por cento esperados) pudesse levar os "ratings" atribuídos ao país novamente a subir. No entanto, o analista da Fitch diz apenas que ficou "satisfeito", mas que "ainda não é brilhante". Além disso garante: "nunca faria qualquer alteração do "rating" apenas com base numa revisão desse tipo". Para Chris Pryce, apesar de reconhecer que "o Governo está claramente a fazer um esforço para consolidar as contas públicas", as medidas deveriam ser mais ambiciosas. "O que eu espero é um Governo português que esteja pronto a enfrentar os sindicatos, não ter medo das greves e vencê-los. Mas se calhar vou ficar à espera para sempre", lamenta-se. Em relação a uma possível descida de impostos, nem quer ouvir falar dela. "Se o Governo reagisse a este défice de 3,9 por cento com uma redução de impostos a nossa reacção seria muito negativa. Acho que devem tirar da cabeça o corte de impostos durante os próximos anos", aconselha.
(in Público, 17/04/2007)
terça-feira, 17 de abril de 2007
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Sem comentários:
Enviar um comentário