terça-feira, 17 de abril de 2007

Finalmente ... falou

O socialista Manuel Alegre criticou hoje a campanha de promoção televisiva do programa Novas Oportunidades do Governo, considerando que insulta os trabalhadores com poucos estudos e as profissões que exigem menos habilitações literárias.

( http://www.publico.clix.pt/shownews.asp?id=1291408&idCanal=21 )

Sobre o escândalo do momento, as habilitações do Primeiro Ministro ... caladinho, claro !

Ou será que ...

"Por isso tenho defendido a ideia de uma segunda oportunidade em educação como um novo direito social", salientou o vice-presidente da Assembleia da República."

... se referia a um certo curso por concluir por determinada pessoa ?

Estranhas saudades

Sondagem: 60% dos portugueses preferia voltar ao escudo

Seis em cada dez portugueses preferiam voltar a ter o escudo como moeda em vez do euro, segundo uma sondagem hoje divulgada pelo grupo de reflexão britânico Open Europe.

( http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=21&id_news=80052 )

Ó tempo ... volta para trás !

Enganam ?

Contas do Fisco «enganam contribuintes», diz jornal
O simulador do Fisco (www.e-financas.gov.pt) está a dar informações erradas aos contribuintes que pretendem entregar as suas declarações de IRS via Internet, refere o jornal Correio da Manhã na edição de quinta-feira.

(http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=13&id_news=79630 )

O Fisco engana ? É o SIMPLEX ?
Tributação: OE 2007 multiplica recursos em tribunal

As alterações introduzidas no Orçamento de Estado para 2007 ao nível das infracções tributárias estão a gerar confusão nos tribunais, a multiplicar os recursos e a comprometer o recebimento de dívidas fiscais, segundo fiscalistas ouvidos pela Lusa.
( http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=13&id_news=79403 )

É o tal SIMPLEX em marcha ?

Acompanhou ?

Título da notícia :
"Zona euro: Portugal acompanhou subida da inflação em Março"

"A taxa de inflação homóloga (anual) em Portugal foi de 2,4% em Março, um aumento ligeiro de 0,1 pontos em relação a Fevereiro, anunciou hoje o Eurostat no Luxemburgo. O departamento responsável pelas estatísticas comunitárias revelou que a taxa de inflação anual foi em Março na zona euro 1,9% (1,8 no mês anterior) e na União Europeia 2,2 (2,1)."

"A taxa média mensal do aumento do nível de preços de Março de 2006 até Março de 2007 foi em Portugal de 2,9%, na Zona Euro de 2,1 e na UE de 2,2."

( http://diariodigital.sapo.pt/dinheiro_digital/news.asp?section_id=2&id_news=79979 )

Se estamos à frente, na inflação, é porque somos os melhores, n´é ?

Deve demitir-se !

"New York Times exige demissão de Wolfowitz"

"É altura de (Paul) Wolfowitz partir", escreveu ontem em editorial o New York Times, a propósito das acusações de nepotismo feitas ao presidente do Banco Mundial (BM) e que já levaram os representantes dos países-membros da instituição a considerarem a situação "muito preocupante". "Deve demitir-se, porque fez da boa gestão dos assuntos públicos a sua prioridade e não respeitou as suas próprias regras", escreveu o influente jornal americano, enquanto o Wall Street Journal entendia tratar-se de uma mera manobra de políticos europeus. E agora o conselho de administração do BM vai reunir-se num dos próximos dias a fim de continuar a examinar a forma como ele, um judeu conservador, aumentou o salário da sua companheira muçulmana, Shaha Ali Riza, natural de Trípoli, filha de um líbio e de uma mulher sírio-saudita. Cidadã britânica, criada na Tunísia e na Arábia Saudita, Riza trabalha actualmente na Fundação para o Futuro, que tenta descortinar como será o futuro da humanidade."
(in Público, 17/04/2007)

Lá ... como cá !
Só uma pergunta : descortinou alguma coisa ... sobre o "futuro da humanidade" ?

Acesso à Universidade

"O Instituto Politécnico e Universidade do Estado, mais conhecido por Virginia Tech, ou VPI, é um estabelecimento de ensino politécnico situado a 400 quilómetros a sudoeste de Washington, onde estudam cerca de 28 mil alunos."

"No ano passado, das 19.046 candidaturas que recebeu, só aprovou 67 por cento."
(in Público, 17/04/2007)

Pelos vistos um simples certificado de equivalências não chega !

Fazer negócios

"Singapura, Nova Zelândia e Estados Unidos da América são as três economias onde é mais fácil fazer negócios. Portugal está na cauda entre os países da OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico). Quem o diz é o "Doing Business 2007", um relatório do Banco Mundial que, através da comparação de 175 economias, identifica os regulamentos que aumentam e restringem a actividade empresarial."

"Apesar de ter subido cinco posições no "ranking" geral para o 40º lugar, entre os 23 países da OCDE analisados, Portugal fica-se pelo 21º posto."

"A economia portuguesa foi classificada pelo relatório como "top reformer" no processo de criação de novas empresas, mas em matéria de legislação laboral fica no fundo da tabela (posição 155 em 175) . Na obtenção de crédito e no pagamento de impostos, o país também regrediu."
(in Público, 17/04/2007)

E que tal se aprendessemos mesmo a fazer negócios ?

Credibilidade

"Qual a importância da credibilidade que os Governos transmitem?
A credibilidade é fundamental."

António Afonso (Professor no ISEG e economista sénior no BCE) dixit
(in Público, 17/04/2007)

Pois ...

A esperança do sr. Ministro

"Devem tirar da cabeça uma descida de impostos"
"Sinto que os membros do Governo pensam que merecem mais aplauso do que aquele que vão ter, infelizmente para eles." A frase mostra o reduzido entusiasmo com que Chris Pryce ficou ao fim de um dia de conversas com responsáveis políticos portugueses sobre a situação das finanças públicas. Teixeira dos Santos mostrou esperança que o défice de 3,9 por cento registado no ano passado (abaixo dos 4,6 por cento esperados) pudesse levar os "ratings" atribuídos ao país novamente a subir. No entanto, o analista da Fitch diz apenas que ficou "satisfeito", mas que "ainda não é brilhante". Além disso garante: "nunca faria qualquer alteração do "rating" apenas com base numa revisão desse tipo". Para Chris Pryce, apesar de reconhecer que "o Governo está claramente a fazer um esforço para consolidar as contas públicas", as medidas deveriam ser mais ambiciosas. "O que eu espero é um Governo português que esteja pronto a enfrentar os sindicatos, não ter medo das greves e vencê-los. Mas se calhar vou ficar à espera para sempre", lamenta-se. Em relação a uma possível descida de impostos, nem quer ouvir falar dela. "Se o Governo reagisse a este défice de 3,9 por cento com uma redução de impostos a nossa reacção seria muito negativa. Acho que devem tirar da cabeça o corte de impostos durante os próximos anos", aconselha.
(in Público, 17/04/2007)

A lebre e a tartaruga

"A economia espanhola deverá crescer mais de 3,5 por cento em 2007. A previsão foi lançada ontem pelo primeiro-ministro espanhol, José Luís Zapatero, durante a apresentação das previsões económicas do Governo."
(in Público, 17/4/2007)

Pois ... eles são a lebre e nós a tartaruga.

Grandes empresas pagam menos imposto

Taxa de 14% ? Também quero !
Veja-se a notícia :

O sector bancário aumentou a sua taxa de tributação real em 2005. Mas as grandes empresas são aquelas que, proporcionalmente, continuam a pagar menos.As taxas de tributação real a que estão sujeitas as empresas em Portugal são inversamente proporcionais à sua dimensão. Ou seja, quanto maiores são os seus proveitos, menor é a taxa de IRC a que estão, na prática, sujeitas.
A conclusão pode retirar-se das estatísticas de IRS e IRC ontem publicadas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) referentes ao período que vai de 2003 a 2005. Os dados referentes ao imposto pago pelas empresas mostram que são aquelas que apresentam proveitos mais modestos que têm taxas de tributação reais mais próximas dos 25 por cento de imposto a que estão sujeitas em termos nominais. Assim, em 2005, as empresas que, por exemplo, apresentaram proveitos entre 150 mil euros e os 500 mil euros tiveram uma taxa de tributação real de 20 por cento. Já as empresas com proveitos superiores a 250 milhões de euros, apenas sofreram uma tributação de 14 por cento.É a banca o responsável por esta situação? Aparentemente não, até porque, segundo as mesmas estatísticas, em 2005 o sector onde se inserem os bancos apresentaram uma taxa de tributação efectiva de 20 por cento, acima dos 18 por cento do ano anterior. Em posição fiscal mais favorável que a banca estiveram o sector imobiliário, as empresas ligadas à educação, o comércio por grosso e a retalho e os fabricantes de coque e produtos petrolíferos refinados.Do lado do IRS, a tendência verificada vai-se mantendo, com os trabalhadores por conta de outrem a suportar uma carga fiscal superior à dos trabalhadores independentes.Ontem foram também publicados os dados de execução orçamental do primeiro trimestre, onde se dá conta de que a cobrança fiscal está abaixo do previsto devido aos impostos directos, já que os indirectos continuam a crescer acima do orçamentado. A taxa real de tributação da banca em 2005 atingiu os 20% por cento. Um crescimento face aos 18% do ano anterior
(in Público, 17/04/2007)

Copo meio cheio, meio vazio ou assim assim ?

3 artigos no mesmo jornal (*), no mesmo dia, sobre o mesmo assunto. 3 "colorações" diferentes:
1 - "o desempenho mais forte da última década" ;
2 - "ao nível mais baixo dos últimos 20 anos" ;
3 - "o país a revelar dificuldades em enfrentar a entrada no mercado mundial".

Ora vejamos :

1
Sector exportador português - Prestação em 2006 surpreendeu pela positiva
A evolução das exportações portuguesas em 2006 surpreendeu tudo e todos. Nem mesmo as expectativas mais optimistas do Governo atingiram o nível que, no final, se veio a verificar ser o verdadeiro. De acordo com o INE, as exportações de bens e serviços conseguidas pelas empresas nacionais cresceram 8,8 por cento em termos reais. Foi o desempenho mais forte da última década, superando mesmo o registado em 1998, quando a Expo-98 ajudou principalmente através da subida das vendas de serviços de turismo. O resultado segue-se a dois anos bastante negativos para o sector exportador português, um facto que leva os economistas a colocar dúvidas sobre a sustentabilidade do resultado. É que existem ainda poucos sinais de ganhos de competitividade internacional, quer por via da contenção dos custos quer por via do aumento da produtividade. S.A.
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2
As exportações portuguesas de mercadorias continuaram, em 2006, a perder quota de mercado mundial, e ficaram, deste modo, ao nível mais baixo dos últimos 20 anos, atestam as estatísticas publicadas no final da semana passada pela Organização Mundial de Comércio (OMC). A China, por seu turno, aproxima-se mais dos líderes.
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3
Exportações perderam quota em 2006 (Sérgio Aníbal)
Durante o ano passado, as vendas de bens para o estrangeiro registaram um crescimento elevado. Mas não o suficiente para acompanhar a explosão verificada a nível mundial
As exportações portuguesas de mercadorias continuaram, em 2006, a perder quota de mercado mundial, e ficaram, deste modo, ao nível mais baixo dos últimos 20 anos, atestam as estatísticas publicadas no final da semana passada pela Organização Mundial de Comércio (OMC). Os primeiros dados disponibilizados por esta organização para o ano de 2006 colocam o peso da economia portuguesa nas exportações mundiais em 0,359 por cento, um valor que é ligeiramente inferior ao de 2005 (0,364 por cento). Foi o terceiro ano consecutivo de quebra deste indicador e que colocou a quota nacional no valor mais baixo desde 1986.Apesar de o ano passado ter ficado marcado por um desempenho muito forte do sector exportador português, tal não foi suficiente para acompanhar totalmente a explosão das trocas comerciais que se continuaram a verificar em todo o globo. De acordo com os números da OMC, as exportações portuguesas de bens (para os serviços ainda não há dados disponíveis) cresceram em 2006 a uma taxa de 13,4 por cento em termos nominais - uma das maiores das últimas décadas. O problema é que as exportações totais realizadas no globo aumentaram durante o ano passado a uma taxa superior a 15 por cento, mantendo o ritmo elevado que se tem registado nos últimos anos.Aliás, a perda de importância relativa das exportações de mercadorias portuguesas no comércio internacional foi, em 2006, um fenómeno que teve paralelo em quase todas as economias consideradas mais desenvolvidas. Dos Estados Unidos à Alemanha, passando pela vizinha Espanha, os países mais ricos do mundo perderam quota de mercado, dando espaço a outros actores, principalmente os provenientes do continente asiático (ver texto ao lado). Para Portugal, fica a consolação de, neste cenário, se ter registado, durante o ano passado, uma perda de quota substancialmente mais baixa do que em anos anteriores.Ao longo da história económica da segunda metade do século XX e do início do século XXI, Portugal registou duas grandes fases de acréscimo da sua presença nas trocas comerciais mundiais. A primeira ocorreu entre 1961 e 1973, período durante o qual a quota de mercado passou de 0,24 por cento para 0,31 por cento. Na origem deste resultado esteve a adesão à Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA) em 1963 e a consequente entrada de várias multinacionais que aproveitaram a mão-de-obra barata portuguesa para instalar unidades de produção destinadas à exportação.Entre 1981 e 1992, a quota voltou a disparar, atingindo o seu máximo nos 0,49 por cento. A adesão à União Europeia e as políticas de abertura do país à economia mundial explicam este resultado. Desde esse momento, no entanto, a tendência tem sido de descida da quota, com o país a revelar dificuldades em enfrentar a entrada no mercado mundial de vários países que concorrem directamente em indústrias trabalho intensivas.
(*) in Público 17-04-2007

Hoje faço anos !

Hoje faço anos.
E resolvi entrar na blogosfera.
Não pretendo salvar a Humanidade.
Mas tão sómente contribuir para o debate de ideias, divulgar notas, apontamentos e artigos interessantes, ou assinalar pontos de vista curiosos.
Conclusões ? Cada um que as tire.
Ou como se diz num ditado chinês : "A verdade tem mil faces" !