terça-feira, 17 de abril de 2007

Grandes empresas pagam menos imposto

Taxa de 14% ? Também quero !
Veja-se a notícia :

O sector bancário aumentou a sua taxa de tributação real em 2005. Mas as grandes empresas são aquelas que, proporcionalmente, continuam a pagar menos.As taxas de tributação real a que estão sujeitas as empresas em Portugal são inversamente proporcionais à sua dimensão. Ou seja, quanto maiores são os seus proveitos, menor é a taxa de IRC a que estão, na prática, sujeitas.
A conclusão pode retirar-se das estatísticas de IRS e IRC ontem publicadas pela Direcção-Geral dos Impostos (DGCI) referentes ao período que vai de 2003 a 2005. Os dados referentes ao imposto pago pelas empresas mostram que são aquelas que apresentam proveitos mais modestos que têm taxas de tributação reais mais próximas dos 25 por cento de imposto a que estão sujeitas em termos nominais. Assim, em 2005, as empresas que, por exemplo, apresentaram proveitos entre 150 mil euros e os 500 mil euros tiveram uma taxa de tributação real de 20 por cento. Já as empresas com proveitos superiores a 250 milhões de euros, apenas sofreram uma tributação de 14 por cento.É a banca o responsável por esta situação? Aparentemente não, até porque, segundo as mesmas estatísticas, em 2005 o sector onde se inserem os bancos apresentaram uma taxa de tributação efectiva de 20 por cento, acima dos 18 por cento do ano anterior. Em posição fiscal mais favorável que a banca estiveram o sector imobiliário, as empresas ligadas à educação, o comércio por grosso e a retalho e os fabricantes de coque e produtos petrolíferos refinados.Do lado do IRS, a tendência verificada vai-se mantendo, com os trabalhadores por conta de outrem a suportar uma carga fiscal superior à dos trabalhadores independentes.Ontem foram também publicados os dados de execução orçamental do primeiro trimestre, onde se dá conta de que a cobrança fiscal está abaixo do previsto devido aos impostos directos, já que os indirectos continuam a crescer acima do orçamentado. A taxa real de tributação da banca em 2005 atingiu os 20% por cento. Um crescimento face aos 18% do ano anterior
(in Público, 17/04/2007)

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