quinta-feira, 7 de junho de 2007

A notícia que ainda não li

Sócrates tentará encontrar consenso entre os líderes europeus, no sentido de a presidência portuguesa obter um mandato "claro, detalhado e realista" para que se avance na reforma dos cuidados de saúde.
Recorde-se que franceses, holandeses e britânicos só pagam cerca de 10 por cento dos cuidados médicos e produtos farmacêuticos, e que os portugueses são dos europeus que mais pagam pelos medicamentos, consultas e exames médicos.

terça-feira, 5 de junho de 2007

Milagres precisam-se !

Para a Parsons "... a capacidade... na Ota corresponderia aproximadamente (a) 72 movimentos por hora" (página 52 do Plano Director).

Considerando que os aviões aterram e descolam em direcções opostas, por causa da limitação da serra, a norte, teriamos 1,2 movimentos por minuto.

Não será preciso ser-se perito em aeronáutica para se perceber que só um milagre evitará colisões em cada manobra feita.

A Ota morreu !

E por volta da 1.45h surgiu um comandante da TAP que "matou" a Ota sem dó nem piedade...

E o piloto atirou com a Ota para o charco! "Voces aqui riem-se, mas lá em cima tremem de medo!".

Depois do que os Pilotos disseram alguem apanha aviões na OTA?

Extraidos, com a devida vénia, do Blasfémias e das suas caixas de comentários.

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Blogo-leitura do dia

- Ciclos económicos e ciclos eleitorais, aqui
- O poder judicial caiu na rua? aqui
- En selectividad se podrá suspender sólo por las faltas ortográficas, aqui

Ota enviezada

A questão do novo aeroporto de Lisboa está enviezada e mal colocada desde o seu início.
Recorde-se que os primeiros estudos foram realizados há mais de 30 anos, pelo que estarão hoje completamente desactualizados.
Em primeiro lugar há que definir até onde vão, de facto, as limitações da Portela (capacidade de passageiros, vôos, parqueamento de aviões, cargas, acessos, etc).
Definidas essas limitações seria de se investigar a existência de soluções complementares a essas limitações, soluções tipo "Portela + 1", aproveitando outras infra-estruturas já existentes.
Se, e só se, se comprovasse a inviabilidade de tais soluções então sim seria de se avançar com a construção de novo aeroporto.
Mas quanto a isso, também aí o actual processo está enviezado.
Ao contrário da actual solução, em que o Governo "empurra" para um aeroporto "na Ota e só na Ota", bem melhor seria fazer-se um concurso público, aberto à iniciativa privada, para a localização / construção desse novo aeroporto.

Teríamos aí, certamente, muitas e agradáveis surpresas.

A AECOPS e a Ota

Joaquim Fortunato parece julgar que o que é bom para a AECOPS é, necessariamente, bom para o país. Mas não lhe ocorre que a economia nacional fique seriamente prejudicada e condicionada com uma opção de fundo, em termos de transportes, como a da Ota.
Num mundo onde a competitividade internacional se vai acentuando, teimosa e absurdamente insiste-se na construção de um aeroporto que põe em causa a competividade nacional, acentuando a periferia e o isolamento que já temos relativamente à Europa.

Euromilhões

O Presidente da AECOPS (Associação de Empresas de Construção e Obras Públicas) diz que a indefinição do novo aeroporto «prejudica» economia. «Não era agora que se deveria estar a discutir», esclarece Joaquim Fortunato.

Entre ter um mega-negócio de 3.100 milhões de euros - fora o resto que não está ainda quantificado em obras - ou outro por bem menos de metade de tal orçamento evidentemente que para a AECOPS será preferivel o tal mega-negócio.
É como sair-lhe o ... "euromilhões".

domingo, 3 de junho de 2007

Dispositivo de Prevenção Estrutural

"É muito importante este equipamento" (constituído, essencialmente, por pequenos tanques de água, mangueiras, machados e picaretas), disse, há dias, o titular da Agricultura, ao apresentar o Dispositivo de Prevenção Estrutural de fogos florestais, referindo-se aos "kits de primeira intervenção" de combate a incêndios florestais, com que se vai equipar juntas de freguesia, num investimento da ordem dos oito milhões de euros.
Apesar de ainda "vão lançar a concurso" o projecto, admitiu ser possível disponibilizar "já este Verão" estes meios de intervenção - embora a época de incêndios já tenha começado, o que torna muito difícil que a promessa se concretize ainda em 2007.

Já agora porque não juntar, no kit, as enxadas, as pás e ancinhos, as ferramentas dos Canarinhos ?

Quem é que se atreveria ?

"Quem é que se atreveria a pedir dinheiro pela menina quando a sua imagem corre mundo?", questionou Olegário Sousa, admitindo que, sendo esse o cenário, "o raptor tem a criança bem escondida e até pode estar por perto".

Pois claro, está-se mesmo a ver ! A culpa de não se encontrar o presumível raptor é de quem teve a triste ideia de divulgar o retrato da menina !

Um balúrdio !

"A Polícia Judiciária tem gasto um balúrdio". Para não falar em "questões mais comezinhas, como as ajudas de custos a colegas recrutados de outros pontos do País ou o combustível das viaturas que têm percorrido milhares de quilómetros"
Mas "Nunca se sabe se surge de repente alguma coisa útil" assegura o inspector-chefe Olegário Sousa.

Um balúrdio, comezinho e ... inútil ?

Helicópteros, aviões e canarinhos

Como é que os "Canarinhos" "ligam" com os aviões russos Beriev, os anfibios de utilização corrente Canadair, os seis helicópteros Kamov e os quatro Eurocopter ?

E quais são as invocadas "razões de racionalidade económica e para não dependermos de terceiros" ?

"não está ... mas vai ficar" ?

Com a máxima «Do desafio ao triunfo», foi apresentada pela Autoridade Nacional de Protecção Civil a nóvel Força Especial de Bombeiros, a primeira «Companhia Especial de Bombeiros – Canarinhos», com um efectivo de 140 homens.

As ferramentas utilizadas pelos «Canarinhos» são as enxadas, pás, machados e ancinhos por forma a “cortar” o caminho do fogo, afirmou um dos comandantes distritais presentes na cerimónia. Ainda durante a apresentação do dispositivo, o ministro da Administração Interna, referindo-se à contratação destes bombeiros, afirmou que “não está completamente estabilizada, mas vai ficar até ao fim da legislatura”.

"não está ... mas vai ficar" ? Importa-se de explicar ?

Dispomos ?

Disse o ministro da Administração Interna, Rui Pereira :

“Neste momento, dispomos de 40 meios aéreos já contratados, que vão chegar ao longo do Verão, e teremos no mínimo mais dez”, acrescentou. “Pela primeira vez estamos a desenvolver esforços para comprar meios aéreos e não depender exclusivamente de terceiros”.

Se "dispomos" é porque hoje já "dispomos". Se ainda "vão chegar" é porque ainda "não dispomos", tá ?
E se "estamos a desenvolver esforços", então muito menos "dispomos" !
E com tantos "esforços", a solução desses "esforços" depende "exclusivamente de terceiros", n´é ?

sábado, 2 de junho de 2007

Apelo

"A GNR recusa a responsabilizar-se por dois cães, alegadamente de raça rottweiler, que apareceram, abandonados, em Boivão, Valença. E entretanto procura pelo eventual dono de um husky que atacou uma criança de seis anos. O animal não tem chip."

Apela-se ao dono do cão que ponha o chip (no cão), porque sem chip (no cão) a GNR, pelos vistos, nada pode fazer.

"alta velocidade" a 60 km/h ?

Enquanto lá por fora se fazem projectos como o Tunel Trans-Atlântico, com a extensão de 5.000 kms, que possibilitará a ligação Nova York a Londres em menos de uma hora, por cá o nosso governo anda entretido em fazer avançar a toda a força um projecto, também grandioso, de remoção de um volume de terras correspondente a um campo de futebol mais alto que o Everest, com 13 km de altura, para fazer uma aeroporto palafita com 253.617 colunas de brita.

Com tal visão futurista, é pena que depois se vá demorar mais tempo de Lisboa à Ota que entre Nova York e Paris, uma vez que o TGV planeado, com os túneis por onde irá passar, não deverá poder circular à "alta velocidade" de mais de 60 km/h.

sexta-feira, 1 de junho de 2007

"em primeira mão"

"Boa Tarde! Sou da Polícia Judiciária. Onde é que a senhora estava no dia 3 de Maio?" Foi desta forma que uma inspectora abordou, na quarta--feira, Piedade Lopes, de 72 anos, vizinha do russo Sergey Malinka, testemunha no processo do desaparecimento de Madeleine McCann. A senhora nem queria acreditar no que ouvia: "Parece impossível que só passados 26 dias do rapto, a Judiciária tenha vindo fazer perguntas."

Não admira que com uma investigação dessas, por parte da "melhor polícia do mundo", como alguns se ufanam, os pais de Madeleine, a criança desaparecida há um mês, e após terem estado com o Papa, se reunam, agora em Espanha, com o defensor do menor, cargo equivalente ao de um provedor, bem como com associações ligadas ao combate ao tráfico de menores e à pedofilia, e devendo, ainda hoje, reunir-se com o ministro do Interior, que, "segundo fonte do seu gabinete, quer ouvir em primeira mão dados sobre o caso".

PS: Não é por acaso que as "caras" do regime não apareceram ao lado dos pais de Madeleine, pelo que também não me admiraria que José Sócrates, no "show off" costumeiro, já tenha agendado receber o casal McCann quando (e se) a criança fôr encontrada (pela PJ, claro).

Blogo-leitura do dia

- "Carta aberta de um pobre beduíno", aqui
- "A OTA, a UE e a CRP", aqui
- "Ota: 22 factos indesmentíveis", aqui