sexta-feira, 1 de junho de 2007

"em primeira mão"

"Boa Tarde! Sou da Polícia Judiciária. Onde é que a senhora estava no dia 3 de Maio?" Foi desta forma que uma inspectora abordou, na quarta--feira, Piedade Lopes, de 72 anos, vizinha do russo Sergey Malinka, testemunha no processo do desaparecimento de Madeleine McCann. A senhora nem queria acreditar no que ouvia: "Parece impossível que só passados 26 dias do rapto, a Judiciária tenha vindo fazer perguntas."

Não admira que com uma investigação dessas, por parte da "melhor polícia do mundo", como alguns se ufanam, os pais de Madeleine, a criança desaparecida há um mês, e após terem estado com o Papa, se reunam, agora em Espanha, com o defensor do menor, cargo equivalente ao de um provedor, bem como com associações ligadas ao combate ao tráfico de menores e à pedofilia, e devendo, ainda hoje, reunir-se com o ministro do Interior, que, "segundo fonte do seu gabinete, quer ouvir em primeira mão dados sobre o caso".

PS: Não é por acaso que as "caras" do regime não apareceram ao lado dos pais de Madeleine, pelo que também não me admiraria que José Sócrates, no "show off" costumeiro, já tenha agendado receber o casal McCann quando (e se) a criança fôr encontrada (pela PJ, claro).

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